E já não havia carícia
só aquele nó engasgado
um pigarro de desajeito
uma camisa amarrotada e suja
E já não havia brilho no olho
antes um olhar disperso, abduzido
pelo tempo da espera perdida
mascando as horas de indecifrável dor
E já não havia jeito ou conserto
tem certas lágrimas que não se enxugam
tem certos tempos que não voltam
E então o que havia era tormento
Hora de sono epilético, febril
quando a noite vem ceifar o sorriso
a morte recobre a pele dos sonhos
é tempo de devaneio mudo
No mais é a passagem
paisagem que dança lútea as horas
o corpo e a música discutem
e dois olhos baixos vão embora.
O que me leva a loucura, me leva a um novo eu que não conheço, o que me puxa ao abismo, é justamente a certeza das asas.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
Produção
A tua ausência produz saudade.
O teu cheiro produz longos suspiros .
A tua pele produz o fogo.
Os teus braços o meu ninho.
A espera produz o sonho,
O devaneio de você aqui.
Produza o quanto antes
você grudado em mim.
O teu cheiro produz longos suspiros .
A tua pele produz o fogo.
Os teus braços o meu ninho.
A espera produz o sonho,
O devaneio de você aqui.
Produza o quanto antes
você grudado em mim.
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