um ano
dois semestres
quatro estações
e o que em mim era amor suspirava
um encontro
dois homens
quatro olhos
e o que em mim era amor estremecia
um sonho
dois tempos
quatro pés
e o que em mim era amor latejava
um beijo
dois corpos
quatro pernas
e o que em mim era amor entregava
quatro mãos
dois anseios
um silêncio
e o que em mim era amor tropeçava
quatro palavras
dois segundos
um fim
e o que em mim era amor se partia
e o que em mim era amor se paria
parte morto, que já não respirava
parte vívido, que então rastejava
e o que em mim era amor resistia
comendo nas passagens e encruzilhadas
colhendo no lodo as flores nascidas
e o que em mim era amor caminhava
já que paragem pra ele não havia
mas nos olhos trazia serena certeza
que dentro em breve renasceria.
O que me leva a loucura, me leva a um novo eu que não conheço, o que me puxa ao abismo, é justamente a certeza das asas.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
dispalyyourselfmadem@n
virtualizadas
as relações
maximizadas
as solidões
interfaces
nos vestem
o encontro
transvestem
de avatares
de sonhos
de escombros
desencontros
descaminhos
desesperos
desistências
conveniência
gôndola
caixa
débito
Volte
sempre!
as relações
maximizadas
as solidões
interfaces
nos vestem
o encontro
transvestem
de avatares
de sonhos
de escombros
desencontros
descaminhos
desesperos
desistências
conveniência
gôndola
caixa
débito
Volte
sempre!
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Amo, logo não desisto
Um amor que é lido ou escrito,
mas não vivido, não é amor.
É masturbação miocárdica.
mas não vivido, não é amor.
É masturbação miocárdica.
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