Tudo que eu queria
é que não houvesse diferença alguma
entre o mar e eu.
Que eu me desmanchasse em ondas
que tocam numa ponta a praia
e na outra o céu.
Que da brisa fresca
saudades não mais sentisse
porque então nós seríamos
companheiros inseparáveis
numa dança que paira
e perdura através das estações.
Quem dera mar eu fosse
e os quatro cantos tocasse
e em mim mesmo não coubessem
as ondas, as lendas e as preces.
E em tempos obscuros e mornos
em que a pressa impera e os olhos fogem
aqui mesmo, eu sou mar
na lágrima tímida e liberta
que pela minha face desce.
Belo, Edson... compartilho muito do que diz o poema... quem dera mar eu fosse e saudades não mais sentisse... grande abraço, jeff
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