terça-feira, 25 de agosto de 2009

febre no escuro

Partículas de mim
espalhadas por todos os cantos.
Todos os cantos que calam.
Todos aqueles que ensaiam sair.
Todo e parte
em pretérito imperfeito,
errante, incorrigível.
Baboseiras por todos os lados,
todos os ritmos dissonam de uma vez.
Chegada que nunca chega.
Partida que não se encerra.
Não tem dor no peito, não
tem esperança!
vazia, parada
entorpecida.
Tem semente de um nada germinante.
Tem uma sede que nunca se seca.
Uma parede que se corrói em mandalas
Em serpentes de fogo
ânima, animus
desejos, benevolência.
ave maria das cores,
das dores e dos confins do eu em mim
livrai-nos da eterna desistência!

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