Hoje eu acordei chovendo
com olhos nublados
sorrisos no vento
Me senti na escada
(do vão pensamento)
na beira da alma
no oco de dentro
Hoje eu deixei passar
o tempo das palavras
num silêncio escorrido
me deixei ser pó
ser falível como sempre
e o nunca permitido
hoje abri minha gaiola
e disse voa! pra mim mesmo
e vivi o momento
que antecede a perdição
Hoje encarei minhas perdas
as rugas no jovem
as asas no chão
E de tanto sentir
a passagem do dia
me desfiz na surdina
dos instantes que vão
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