terça-feira, 25 de agosto de 2009

outono

Hoje eu acordei chovendo
com olhos nublados
sorrisos no vento
Me senti na escada
(do vão pensamento)
na beira da alma
no oco de dentro
Hoje eu deixei passar
o tempo das palavras
num silêncio escorrido
me deixei ser pó
ser falível como sempre
e o nunca permitido
hoje abri minha gaiola
e disse voa! pra mim mesmo
e vivi o momento
que antecede a perdição
Hoje encarei minhas perdas
as rugas no jovem
as asas no chão
E de tanto sentir
a passagem do dia
me desfiz na surdina
dos instantes que vão

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