Sabe aquele dia de sol
em que tudo pára no seu brilho amareladoem que tudo paira num calor aconchegado?
quando virá eu não sei.
Sabe aquele tempo sem pressa
em que as coisas acontecem por si
em que os planos já não fazem sentido?
quando virá eu não sei.
Sabe aquele sabor de fruta carnuda
que enche a boca de água e doçura
que cala a palavra mas provoca o gemido?
quando virá eu não sei.
E sabe aquele sorriso
Às vezes entrega, às vezes abrigo
Intenso de cores num planeta íntimo?
quando virá eu também não sei.
Mas sabe aquela torcida
Às vezes ansiosa, por vezes melancólica
Aquela que na vida fez suas apostas?
Esta permanece aqui.
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