Sobre as horas vou nadando sem parar
mas é fundo o tempo em que posso mergulhar.
No relógio meu compasso ordenado.
Nas costelas a vontade de escoar.
Em frente a uma tela de cristal líquido,
num afago trôpego e perdido,
a lembrança cala meu olhar sonolento.
Os minutos roçam minha fronte preocupada
e sentado sinto o mundo acelerar.
Pelas horas vou sendo espremido
não sinto dor, sinto um sufoco quase natural.
O aprendido em anos de costumes
pode desabar no tempo de uma entrelinha
mas agora tudo se sustenta nos meus ombros armados.
Um segundo é quanto vive o gemido
é no peito que reside o meu grito
gerado na somatória de todas as pressas
calado na demora dos dias.
É num silêncio digitado que sigo
pelas horas que correm desde sempre
sem nunca aportar em qualquer estação.
E vão correndo sem perceber
que são passado e presente, misturados
Em vão morrendo sem entender
que em si carregam o tempo,
o germe voraz e implacável do tempo
querendo o relógio romper.
que lindo bad!
ResponderExcluiradorei.
ele vai pro blog dos tontos.
é bem o nosso trabalho,mistura de our love com desculpe..