Deixe a dor aqui, deixe ela presente
que eu não quero daqui um tempo
tropeçar nas minhas emoções envelhecidas.
Deixa este latejo me lembrar da vida e da morte.
Deixe o sangue correr, dentro e fora de mim
a ferida estanca quando morre o suficiente
e a vida que resta se multiplica insistente.
Deixa o sangue seguir o curso da noite.
Deixe a lágrima dançar com o riso
uma lembrança mata, outra ressuscita
uma canção me embala numa montanha russa.
Deixa meu coração ser tudo que tiver que ser.
Deixe o tempo me atravessar por inteiro
um segundo aqui dentro pode durar um século
e um suspiro às vezes pesa mais que o vento.
Deixa, que eu não sou mais o mesmo.
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